30/06/2025
Dr. Carlos Marcelo de Barros

Quem convive com o diabetes sabe que o cuidado vai muito além da alimentação ou da glicemia. Um dos problemas mais sérios — e muitas vezes silenciosos — é a dor nos pés. Esse desconforto pode ser o sinal de algo mais grave: o chamado pé diabético. Quando não tratado a tempo, ele pode evoluir para feridas difíceis de cicatrizar, infecções graves e até amputações.
 
A dor costuma vir acompanhada de formigamento, queimação, dormência ou sensação de “agulhadas”. Isso acontece porque o diabetes, ao longo do tempo, pode danificar os nervos dos pés, provocando a neuropatia diabética periférica. Além disso, a circulação pode ficar comprometida, o que dificulta a regeneração dos tecidos e aumenta o risco de complicações.
 
Mas há esperança — e muito pode ser feito! O tratamento do pé diabético exige um olhar atento e multidisciplinar. O controle rigoroso da glicemia é essencial, mas é a medicina da dor que pode oferecer conforto e qualidade de vida a quem sofre com os sintomas mais severos. Técnicas como bloqueios nervosos, neuromodulação, fisioterapia e o uso de medicamentos específicos ajudam a aliviar a dor e prevenir complicações maiores.
 
A prevenção também é parte fundamental do cuidado: observar diariamente os pés, evitar calçados apertados, manter a pele hidratada e procurar ajuda ao primeiro sinal de dor ou lesão pode fazer toda a diferença.
 
Se você tem diabetes e sente dor nos pés, não ignore esse sintoma. Ele pode ser o corpo pedindo ajuda antes que o problema se agrave. E lembre-se: cuidar da dor também é uma forma de proteger a sua saúde como um todo. Procurar atendimento especializado é o primeiro passo para viver com mais segurança, mobilidade e bem-estar.
 
⚕ Dr. Carlos Marcelo de Barros - CRM/MG 39.448
Anestesiologia RQE 16.085 / Área de atuação em Dor RQE 42.108 / Medicina Paliativa RQE 47.014
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