14/04/2025
Dr. Carlos Marcelo de Barros

A dor crônica é muito mais do que um desconforto físico. Ela impacta diretamente a saúde mental, gerando um ciclo de sofrimento que pode ser difícil de interromper. Se você já percebeu que sua dor piora em momentos de estresse ou ansiedade, saiba que isso não é coincidência. O corpo e a mente estão interligados, e o sofrimento de um afeta diretamente o outro.
 
O ciclo da dor crônica e sofrimento emocional
Quando a dor persiste por meses ou anos, o sistema nervoso entra em estado de alerta constante. Isso pode desencadear sintomas como:
 
Insônia e fadiga: a dor dificulta o sono, e a falta de descanso adequado aumenta a sensação de dor.
 
Ansiedade: o medo da dor e suas consequências pode gerar estresse, piorando o quadro.
 
Depressão: a limitação de atividades diárias e a sensação de impotência podem levar a sentimentos de tristeza profunda.
 
Isolamento social: a dor interfere na vida social e profissional, levando ao afastamento de amigos e familiares.
 
Como a dor crônica afeta o cérebro?
Estudos mostram que a dor crônica altera o funcionamento do cérebro, especialmente nas áreas responsáveis pelo humor e pela percepção da dor. Quando o corpo sente dor por muito tempo, os neurotransmissores envolvidos no prazer e no bem-estar, como a serotonina e a dopamina, ficam em desequilíbrio, intensificando o sofrimento.
 
Estratégias para quebrar esse ciclo
A boa notícia é que existem tratamentos eficazes para amenizar esse quadro. A abordagem deve ser multidisciplinar, combinando diferentes estratégias:
 
Tratamento da dor
Bloqueios anestésicos e infiltrações para reduzir a dor em longo prazo.
Neuromodulação e radiofrequência para controlar os sinais nervosos de dor.
Medicamentos específicos para dor neuropática e crônica.
 
Saúde mental
Terapia psicológica para lidar com os aspectos emocionais da dor.
Meditação e mindfulness para reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida.
Apoio de grupos de pacientes que enfrentam desafios semelhantes.
 
Mudanças no estilo de vida
Exercícios físicos adaptados, como pilates e hidroterapia.
Alimentação balanceada para reduzir inflamações.
Sono adequado para permitir a recuperação do corpo.
 
Procure ajuda especializada
A dor crônica não precisa definir sua vida. Se você sente que sua saúde mental está sendo afetada pela dor, busque acompanhamento especializado. Com um plano de tratamento adequado, é possível reduzir a dor e recuperar sua qualidade de vida.
 
⚕ Dr. Carlos Marcelo de Barros - CRM/MG 39.448
Anestesiologia RQE 16.085 / Área de atuação em Dor RQE 42.108 / Medicina Paliativa RQE 47.014
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